Cortinas - e máscaras - ao chão

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Incrível como pude ser tão trouxa a ponto de acreditar em tudo o que vi. Esqueci que, na verdade, nem sempre o externo é a versão oficial. Todos nós somos enganados, diariamente, por gestos, palavras e sinais, que conseguem ser tão falsos quanto quem se utiliza deles.

Dizem que só o tempo e a convivência são capazes de definir alguém. Engano. Tempo não significa nada. Convivência não significa nada. Você é cheio de máscaras, cheio de caras diferentes e se abusou delas para me enganar. É como se você possuísse uma centena delas... Cada uma feita, especialmente, para envolver cada um que te cerca. E essa máscara criada sob medida, com meus gostos, com minha cor favorita e meus enfeites preferidos, me envolveu a ponto de nem me conhecer mais... Tudo feito para me prender e me enganar, me fazendo até duvidar daqueles que conheciam sua verdadeira face. Seu verdadeiro eu.

É... achei que aquela era a sua única - e a verdadeira - versão. Quando, na verdade, você é apenas um personagem (com muitas máscaras) desse grande teatro que é a vida.

Sua peça já está me deixando farta. Ela me enoja, não consigo mais assisti-la. Resolvi me levantar e ir embora... Não faço mais parte do seu público e me excluo do seu elenco. Quero o papel principal em uma história só minha. 

Sua atuação foi ótima, mas o espetáculo em si é uma merda. Fique aí com seu roteiro, com suas falas e com suas farsas. Afinal, tudo já chegou ao fim: suas luzes se apagaram, sua cortina está no chão. E você, querido, foi pego. Trate de ensaiar melhor na próxima vez... Ou abandone seus personagens. Chega uma hora que a vida fica chata com tanta atuação, com tanta mentira. 

Para todo caso... Aqui estão seus aplausos. Não por ter sido bom, mas por ter, finalmente, terminado essa porcaria. Espero que se sinta satisfeito e encontre outros tolos para apagar o brilho que você não tem. E lembre-se: na próxima vez que for mentir, assegure-se que não há espiões em seu público. Forme-o somente com pessoas burras e influenciáveis. Você me enganou, mas foi por pouco tempo. Agora, fique com o final dessa história mal escrita. Minha crítica foi feita, meu adeus foi dito. Mas o gran finale fica por minha conta: interferi em sua peça, modifiquei o enredo e descobri suas mentiras antes de me deixar levar. Então, chega... Essa merda acabou para você. E, principalmente, para mim.

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