Oh, infame solidão!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



Solidão em mim, intocável, cheia de barreiras.
Não posso negar, estou sozinha!
Mas não pode ser,
Não completamente.

Solidão, sentimento que em mim cria
conversas em minha cabeça,
cheias de poesias e nunca,
nunca expostas ao mundo lá fora.

Solidão, que começa a ser quebrada
pela presença de flores neste campo.
Flores tão cheias de perfume,
que agora veem ao meu encontro.

Solidão, que continua a ser quebrada
por minha mente vazia,
imaginando cenas nunca vividas,
pensando se um dia existirão.

Oh,  infame solidão!
Você que me proporciona momentos,
onde descubro o que sou, o que quero,
mas que agora despenso com um adeus.

Solidão, agora não vivo em sua presença,
pois sei que no campo onde me encontro,
existem flores, céu, sol e ar.
Companhias doces de quem aprendeu a viver sem você.

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