Desabafo: eu, eu mesma... E eu de novo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Antes de tudo, quero me desculpar pelo conteúdo do texto. Vocês não são culpados da minha mudança de humor... E confesso que ando abusando-os demais com meus problemas. Mas é como eu sempre digo: considero-os meus amigos. Meus confidentes. E é no blog que eu falo sobre tudo... Principalmente sobre mim.

Ultimamente ando me sentindo estranha. Pensativa demais. Minhas mudanças de humor estão me sufocando e quase não consigo respirar com elas. Um dia, estou forte. Outro pareço um bebê chorão. Às vezes mal posso me olhar no espelho. Minha auto estima não anda tão alta assim. E quer saber? Essa variação me sufoca, também.

Nunca fui a pessoa mais confiante do mundo. Em nada. Às vezes aparento ser forte só para não magoar quem amo. E acabo magoando a mim mesma. Preciso apenas de um colo, de um ombro, para encostar a cabeça e chorar, desabafar e receber palavras de conforto, de carinho. Preciso sentir que não estou sozinha. Que não dou mais do que recebo... É tanta coisa em minha cabeça no momento que mal consigo diferenciar o bom do ruim. Ou do indiferente. É como se cada dia fosse apenas mais um dia, sem nada novo. Só a rotina e suas consequências.

E ainda tem aquela parte da crítica. Quando ela vem de fora, posso me segurar que não me importo. Aprendi a lidar com elas desde que percebi que, mais que ninguém, eu sou a única que me conheço perfeitamente. Mas há momentos em que não preciso de ninguém para fazer um comentário maldoso. Basta me olhar no espelho, ou olhar qualquer coisa que eu faça. Odeio isso... E quer saber? Não faz bem nenhum. Principalmente porque sei que é coisa minha. É a droga da autocrítica, que fere mais que qualquer coisa.

Tem ainda aquele lance de querer ser algo na vida. De não passar por aqui só para ocupar espaço... E aí penso: o que eu estou fazendo com meus dias? Só saio de casa para ir à faculdade. Fim de semana se resume em internet, dormir, comer e esperar a segunda-feira. Ando exausta... E não é uma exaustão física. É íntima. 

"Ah... Droga, olha o que eu estou falando!" Eu não tenho o que reclamar da minha vida. Umas espinhas no rosto, uma barriguinha a mais e óculos não deveriam ser motivo para se colocar pra baixo. Engraçado que eu sei disso... Mas é incrível como, a cada vez que me olho no espelho, não me sinto feliz. Miro em meus próprios olhos e não enxergo mais o brilho daquela garota de 15 anos cheia de sonhos para se cumprir que fui. No passado, eu sonhei tanto. Na idade em que me encontro (18), eu já deveria ter arriscado mais. Vivido mais. Realizado meus sonhos.

E talvez seja isso: sonho muito. Vivo pouco. Tá na hora de inverter isso aí...



3 comentários:

  1. Julie, eu me identifiquei bastante, sério. O pior é que eu não tenho com quem desabafar, porque todas as pessoas pensam que eu sou muito nova para estar assim, que só pessoas adultas sentem isso, mas não é verdade. Eu realmente sou muito nova, não tenho problemas sérios na vida, mas dentro de mim algo está errado. O problema é que eu quero muitas coisas, mas sinto que nem todas posso ter por falta de coragem. Principalmente com pessoas que quero ter ao meu lado, mas o problema é que eu não faço nada para tê-las. Estou constantemente esperando por uma ação delas, mas penso que se eu não fazer nada, no fim vou acabar sem nada, já que não é todo mundo que me valoriza do jeito que eu valorizo os outros. E essa é a principal razão pela qual eu ando assim, sem ânimo, sem inspiração, passo o dia todo no colégio - já que estudo à tarde - e quando estou em casa só vivo deitada no sofá assistindo TV, nem no blog estou postando mais porque não encontro mais nada em minha mente para postar. Bem, é assim que me sinto, só quero que saiba que você não é a última, e como consolo a você e a mim mesma, sei que no final isso vai passar.

    Beijos

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  2. Ju, não se desanime, você tem um dom incrível com a escrita e deve investir nisso, já que é algo que te da prazer. Todos nos temos "dias daqueles..." Faz parte.

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