Uma manhã de inverno

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eram oito e meia quando acordei aquele dia. O tempo lá fora estava gelado. Era a primeira manhã de inverno.

Coloquei meu suéter favorito e fui até a cozinha. Bebi um café quente na esperança de aquecer meu corpo em um dia tão gelado. Deu certo. Mas não completamente.

O vazio dentro de mim se formou pela madrugada. É, eu sonhei com você. Com nós. E doeu. A saudade é enorme e, a cada dia que passa, só consigo pensar em te ver de novo. Em te contar o que sinto. Assim, na próxima vez, você irá sabendo tudo. Sabendo a verdade.

Abandonei a xícara na pia e voltei a deitar. Desta vez, fiquei no sofá, trocando de canal sem perceber onde realmente estava. Você odiava essa minha mania, lembra? 

Cansei de mexer no controle e deixei em um canal qualquer. Erro meu. Agora um casal se beijava em frente aos meus olhos. Ele tinha seus traços, a cor do seu cabelo e até usava o mesmo penteado. Posso dizer que seus olhos tinham o mesmo brilho. Pelo menos para mim.

Impossível segurar as lágrimas quando algo tão forte atravessava meu peito. Essa saudade está me matando aos poucos e queria poder te contar sobre isso. A cada dia, me seguro para não te mandar um SMS ou uma mensagem no Facebook, só para perguntar como você está. Mas não posso. Tenho que te deixar livre. Tenho que te deixar sentindo minha falta. Por mais que isso tudo me mate aos poucos.

E eu só espero que, ao te encontrar, algo possa ter sido útil nisso tudo. Que se transforme em força, amadurecimento. Em tudo. Desde que, ao te ver, meu coração possa ser menos burro e meu sorriso, menos óbvio.

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