Antes de dormir

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Eu tentei não tocar no assunto o dia inteiro. Tentei me monitorar a não compartilhar nada para você no Facebook. Aquelas músicas que falam por mim - até mais do que consigo falar - só tocaram no fundo da minha mente. Deixei tudo lá no fundo da memória, cobertos de tentativas para esquecer. Mas não consigo continuar assim... Há um número enorme de pensamentos querendo se libertar.

Não posso ir dormir sem desabafar. Se você vai chegar a ver isso? Não sei. Mas se acabar se encontrando com essas palavras, não me leve a mal. Não tenho ressentimentos. Não estou sofrendo. Não derramei nenhuma lágrima. Pelo contrário: até tive momentos de risadas histéricas. Nervosas. Elas preencheram o silêncio da tarde. Elas se tornaram companhia no vazio que me encontro. Elas e um monte de pensamentos confusos.

Uma parte de mim escutou o que você disse. A outra estava preocupada demais tentando me manter em pé, fixa. Você disse uma dúzia de palavras repetidas. E eu já conhecia todas. Ainda assim, tentei arriscar. Tentei levar minhas palavras até você. E meu erro foi não confiar. Achar que daria errado. E deu.

Minha voz se perdeu no momento em que ficamos sozinhos. Eu não sei o que disse. Não lembro se fez sentido. Apenas sei que, enquanto você tentava se explicar, eu me convencia de que estava sonhando. O momento de te contar chegou... E eu fiz isso da forma que pude. Não funcionou.

Minha forma de tratar com tudo isso não foi suficiente. Eu deveria ter deixado pra lá, já conhecia o resultado e tinha medo de vê-lo se formar diante de mim. Eu entendi tudo errado. Tomei as dores (as indiretas) que não eram minhas. Dei significados a frases que, para você, não tinham o mesmo sentido. Enganei-me sem querer. Iludi-me sem querer. 

Agora é esperar pelo que vai vir. Esperar os próximos dias. Ver qual será o final dessa confusão - mais interna que qualquer outra coisa. Veremos no que vai dar... Veremos os resultados de algo que deveria ter funcionado. Não foi dessa vez. E, querido... Não se culpe. Quando se trata do coração, ninguém pode atribuir culpa. É o que o destino quer. Vamos deixá-lo agir - apenas não se surpreenda com o que ele pode nos trazer.

E enquanto não pego no sono, sujo uma folha qualquer com essas palavras para você. Não posso te contar sobre elas. Não posso terminar a ligação... Mas, mesmo distante, fique com um pouco de mim. Pois aqui, eu já estou com muito de você.



1 comentários:

  1. Quando você se lembra de tudo que tinha para falar na hora que encosta a cabeça no travesseiro...

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