Os pequenos detalhes

domingo, 10 de junho de 2012

Tanta coisa mudou entre nós desde que nos vimos pela primeira vez.

Lembro de como eu era tímida para chegar até você. Fiquei tanto tempo lutando comigo mesma para te falar um simples oi. Enquanto isso não acontecia, me deslumbrava com as pequenas coisas que você ia fazendo. Um sorriso, um olhar em minha direção ou até quando, por desastre, minha caneta caía no chão e você pegava para mim.

Depois que começamos a nos aproximar, os motivos de meus suspiros mudaram. Os sorrisos perdidos em minha direção deram lugar para os seus olhares mais profundos, os risos sem motivos e as conversas que poderiam nunca ter fim. 

Essas foram dando espaço para as mensagens de texto. Foram assuntos e mais assuntos enviados e recebidos. E todos eles me faziam sorrir, por mais idiota que pudesse ser. Cada mensagem enviada sem pensar... E cada mensagem enviada após minutos preparando o que digitar. Também não posso esquecer as suas: se eu te contar que salvei (quase) todas, você acredita? 

Hoje, voltando no passado, percebo como os detalhes fizeram a diferença e como quero continuar sentindo tudo de novo. Com o passar do tempo, eles se perdem por aí, viram rotina ou perdem para algo mais importante e novo. Mas sempre que olhar para você, quero me lembrar do primeiro dia que te vi, do nervosismo que senti e da vontade de grudar meus olhos em você, só para convencer meu cérebro de que tudo era real. Quero ter a ansiedade de te encontrar pela rua como se fosse a primeira vez. Quero guardar na memória os sorriso perdidos em minha direção. Quero sentir a voz tremer ao agradecer por devolver minha caneta que deixei cair. Quero me lembrar de nós dois cantando na chuva sempre que ouvir aquela música. Quero sentir minha pele queimar sempre que você tocá-la. E quero sentir tudo exageradamente.

São os pequenos detalhes que fazem a diferença. Não quero me desfazer deles, nem deixá-los passar. E, principalmente, não posso deixá-los perdidos lá atrás. Quero que todos os dias sejam feitos de algo bom. Que todos eles possam ter qualquer coisa mínima que me faça sorrir. Como no começo, quando até uma troca de palavras era motivo para horas e horas de conversa no MSN com uma amiga.

É, tanta coisa mudou entre nós desde que nos conhecemos. Mas o nervosismo de estar perto de você e as borboletas no estômago ainda permanecem iguais. Como se fosse a primeira vez.

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